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Reflexões Astrológicas

A Astrologia é uma Ciência?

A Astrologia não se enquadra no âmbito das ciências exatas, materialistas, positivistas, mas há ciências humanas, que não são exatas, e que são validadas através de estatísticas, tendências e probabilidades.

Existem fenômenos como a astrologia e outros fenômenos de ordem paranormal, que são anomalias aos modelos oficiais da ciência, e esta os despreza, e os varre pra debaixo do tapete, presumindo que sempre há uma explicação materialista para esses fenômenos, quando na verdade não há.

Quando a ciência, na figura de cientistas sérios, efetivamente se debruçar sobre o assunto, largar a má vontade e fizer estudos estatísticos sérios, semelhantes aos de Gauguelin, porém mais profundos e amplos, vai conseguir comprovar a funcionalidade da astrologia através de estatísticas que demonstrarão a inegável relação entre comportamento humano e a posição dos astros, coisa que os astrólogos percebem todos os dias.

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Reflexões Astrológicas

O que fazer quando temos um Mapa Astral ruim?

Alguns astrólogos não gostam de admitir, para não influenciar negativamente os consulentes – e acertam nessa postura. Mas é evidente que existem mapas astrais fluentes, e outros mapas “ruins”, com muitos posicionamentos tensos.

Às vezes olhamos para o nosso mapa astral, refletindo nossa vidinha mediana, e temos certeza que nascemos para viver um pesadelo.

Mas acredite, toda posição astrológica tem sua versão inferior e sua versão superior. Alguns astrólogos com inclinação mais fatalista, negam isso, enquanto outros chamam esta visão de “oitavas inferiores” e “oitavas superiores”.

Eu acredito muito nisso, até mesmo por esperança.

Um bom astrólogo vai ler o mapa, e responder as dúvidas apresentando as saídas mais elevadas e positivas dos posicionamentos do mapa astral.

Se você não quiser ou puder contratar um astrólogo, há uma saída:

Estude suas posições “problemáticas” em livros, pdfs, google, youtube, uma por uma, e se puder ANOTE num caderninho o que você encontrar de positivo em cada posição.

O trabalho de pessoas que nascem com posições tensas no mapa astral é se harmonizar. Buscar a espiritualidade, pela linha espiritual que melhor se identificar, é o melhor caminho.

Na prática, o caminho será focar a mente em boas vibrações, perdoar os pais, honrar ancestrais, se afastar de pessoas tóxicas, evitar filmes, músicas e assuntos negativos, praticar a gratidão, o otimismo, a humildade em aceitar o que não pode mudar, etc.

Praticar o Hooponopono ou algo do gênero pode ser um bom começo. O youtube está cheio de boas almas compartilhando práticas que ajudam a elevar nosso padrão comportamental, psíquico e espiritual.

Seja um(a) buscador(a)!

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Reflexões Astrológicas

Existe uma personalidade de cada signo?

O próprio conceito de personalidade é complexo.

Se uma das definições possíveis é o “Conjunto de traços psíquicos e emocionais que formam a totalidade de uma pessoa”, então faz mais sentido em dizer que o mapa astral inteiro compõe a personalidade, e não um ou dois signos ou planetas.

O Ascendente mostrando a imagem pessoal, a Lua suas reações emocionais, Mercúrio seu raciocínio e jeito de falar, Marte suas motivações, Vênus os seus gostos pessoais, Júpiter suas facilidades e Saturno suas limitações, e o Sol, por fim, o centro de identidade em torno dos quais estas características gravitam, este conjunto sim, mostra “a personalidade” do nativo.

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O Planeta Netuno na Astrologia

Hoje vou falar sobre Netuno.

Exemplo de Mapa Astral
Exemplo de Mapa Astral

Este acima é o meu mapa astral.

Nunca dei muita importância a Netuno, que lá está em conjunção com Marte na casa 09. Demorei pra entender que ali a conjunção já tem força nos assuntos da casa 10, a qual trata da nossa projeção no mundo, em especial, através dos assuntos profissionais.

O fato inicial aqui é: Eu nunca soube exatamente o que fazer da vida, nunca tive qualquer certeza a respeito de qual profissão escolher, sempre soube realizar diversas atividades, e sempre me interessei por vários assuntos, mas nunca me engajei em nenhum. E as coisas que gosto de fazer não rendem dinheiro suficiente para tocar a vida minimamente bem, o que me obrigou desde sempre a atuar em várias frentes para dar conta da vida. Isso se acentuou nos últimos anos e hoje, já a um passo dos 40, essa questão está me consumindo.

Mas somente recentemente (pois sou apenas estudioso), me dei conta do quanto a posição de Netuno espelha essa situação na minha vida, na medida em que está próximo do Meio do Céu, o ponto que define nossa projeção social e profissional. Netuno traz mesmo essa nebulosidade, essa neblina para os assuntos que rege. Traz confusão e insatisfação com as atividades mundanas, pois quer transcender, alcançar o ideal.

O próprio fato de Netuno ser, junto a Marte, o planeta de posição mais alta do meu mapa, reforça sua preponderância na minha vida de forma geral e não só nas minhas questões profissionais. Sempre idealista, romântico, insatisfeito com as condições reais, desmotivado para as atividades cotidianas e mundanas.

O fato final aqui é: Eu PRECISO me resolver com Netuno 🤦‍♂️

Então fui estudar Netuno.

E descobri, ou me dei conta, de coisas interessantes. Não vou fazer um tratado do Netuno astrológico neste post, mas destacar alguns pontos.

Netuno é co-regente de Peixes e co-regente natural da Casa 12. O regente antigo de Peixes/Casa 12 é Júpiter.

Netuno “sozinho” num mapa, assim como Urano ou Plutão, terá pouca influência na vida do consulente. Estes três são planetas geracionais, isto é, planetas muito lentos em que toda uma geração o tem no mesmo ponto. Portanto, se Netuno estiver sozinho no mapa, a regência de Peixes deve ser procurada nos posicionamentos e aspectos de Júpiter.

Mas quando um desses planetas é tocado por algum planeta pessoal, será um importante matizador, ou qualificativo, daquela área da vida, ganhando até preponderância sobre as regências antigas. É o meu caso em relação a Netuno, pois rege meu Ascendente/Casa 12 em Peixes; está em conjunção com o Meio do Céu e com Marte, este que rege minha casa 2, a casa das posses materiais; e rege também meu Sol/Urano e Mercúrio, pois marte é o regente tradicional de Escorpião.

Daí você já pode deduzir da tragédia que é o meu mapa, uma vez que, além dessa preponderância toda de Netuno, ainda tenho Plutão em conjunção com Vênus (e lilith) e Urano conjunção com Sol.

Eu sou aquela pessoa que pode afirmar em alto e bom som, sem vergonha alguma, que não é fácil ser eu.

Pois bem, Netuno…

Netuno representa num mapa astral impulsos imaginativos, sensitivos, tanto num âmbito espiritual, quanto artístico e criativo.

Num nível mais material, simboliza o mar, lagos, líquidos, químicos, gases, bebidas, drogas. Num nível mais comportamental, simboliza a fantasia, as ilusões (e desilusões), o idealismo, bares e a vida boêmia, os assuntos incorpóreos, intangíveis, diáfanos, etéreos, informes, imateriais, inconsistentes, voláteis, evanescentes, efêmeros. Num nível mais espiritual simboliza a transcendência, a iluminação, o misticismo, a compaixão, o humanismo, o amor universal, e com o próprio cristianismo enquanto religião que sugere o martírio, o sacrifício, a renúncia do ego.

No nível profissional, no âmbito espiritual, direciona o nativo a lidar com espiritualidade na forma de terapias e cura, especialmente de doenças psico-espirituais, através de mediunidade, canalização, energias corporais, aconselhamento, astrologia etc. No âmbito criativo, direciona o nativo a trabalhar com as artes em geral que usam da imaginação, de fantasias, temas ficcionais, irreais, quase sempre inexistentes no mundo concreto, impalpáveis; artes que projetam realidades fantasiosas, que comunicam sensações, que manipulam o estado psicológico/sentimental das pessoas, seja contando histórias através da literatura, seja atuando no teatro, cinema, fotografia, música. Pode usar essa habilidade artística em meios mais capitalistas, que idealizam as aparências das coisas, como a moda, e também publicidade e propaganda, pois da mesma forma, um anúncio publicitário influencia a psique e o sentimento das pessoas, para levá-las a adquirir o produto anunciado.

Vícios, escapismo, evasividade, dissimulação, ilusões, cenários turvos, confusão, nebulosidade, dúvidas, enganos e mentiras são as oitavas baixas dessa esfera humana regida por Netuno, que dilui e dissolve tudo com que entra em contato. Por simbolizar fantasias, sonhos e ilusões, representa o desejo escapista de se iludir, de se enganar, de se viver no mundo imaginário e teatral das histórias, filmes, novelas, ideais, ideologias, para fugir das responsabilidades; algo que muitas vezes é feito também através das drogas.

Sociedade Netuniana

Sociedade Netuniana
Sociedade Netuniana

Depois de muito estudar e refletir sobre isso tudo, percebi duas coisas:

A primeira, é que intuitivamente, sempre trilhei os caminhos de Netuno. Sempre lidei com artes gráficas, design, webdesign, internet; com esse mundo virtual (imaterial) das artes e mídias digitais.

Só que sempre achei isso pouco importante (idealismo), instável (pois é), mal remunerado e… aqui algo muito curioso, sempre achei que trabalhar com internet era pouco substancial, isto é, imaterial; muito antes de ter essa noção conscientizada de forma astrológica. Já devo ter criado algo entre 200 sites e vários outros trabalhos gráficos, daí eu pergunto: Onde está esse trabalho todo? Onde estão esses sites, folders e perspectivas 3D que já fiz? 99% desapareceu, não tem mais utilidade, foram atualizados por novas tecnologias; residem hoje enterrados num HD apenas como registro pessoal. Essa coisa de ficar criando produtos virtuais que daqui a pouco já estarão desatualizados, de valor muito fugaz, e não ajudam a constituir patrimônio sempre me incomodou… …mas Netuno é isso, não é exclusividade minha. Filmes, Novelas e séries também dão um trabalho hercúleo e custam muito para serem produzidos, para dentro de poucos meses serem esquecidos. As mídias, a internet, imagens, vídeos, sons, todo esse mundo virtual, imagético, imaterial, desse constante surgir e desaparecer como ondas do mar, são assuntos bastante netunianos.

Meu amplo interesse por astrologia, sem ter qualquer influência familiar, também é uma consequência da força de Netuno aliada a de Urano conjunto ao Sol no meu mapa astral.

Enfim, o assunto sobre minhas dúvidas existenciais-profissionais era esse. Mas vale a pena comentar um pouco mais sobre Netuno.

Minha segunda percepção, é que durante esse estudo todo me ocorreu o quanto vivemos numa sociedade profundamente netuniana.

Um dia terá que ser admitido oficialmente que o que batizamos de realidade é uma ilusão até maior do que o mundo dos sonhos. Salvador Dali

Chamamos nossa sociedade contemporânea de sociedade da informação; informação que é por si mesma uma existência abstrata, e breve. Vai além. É a sociedade do entretenimento ilusório, lúdico, e não é de hoje: Fotografias, revistas, teatro, filmes, novelas, séries, games, aplicativos. Todas, manifestações virtuais, imateriais, fantasiosas, ficcionais, com características etéricas, evanescentes.

Tudo na sociedade hoje é fantasioso, ficcional, imagético e se dissolve em instantes. Não só o entretenimento. Somos também a sociedade das aparências. Até mesmo a busca por status, aquela roupa que mostra o que você não é, a maquiagem que mostra o que você não é, aquele carro que mostra o que você não é, aquela decoração no interior da casa feita mais para mostrar pros outros do que para você curtir, etc.

Sociedade da mentira. Sociedade de mentirinha.

Sociedade do faz-de-conta.

Perceba também como nossas confraternizações são baseadas sobre o consumo de substâncias químicas que alteram nossa percepção, tornando o mundo mais atraente do que é, porque não suportamos a falta de graça do entediante cotidiano. Bebidas alcoólicas de todo tipo, fumos de todo tipo, especialmente tabaco e cannabis, e outras drogas ainda mais pesadas, muitas alucinógenas em maior ou menor grau, nos permitem viver mundos paralelos, fantasiosos, onde tudo é bonito e divertido, onde a parte chata da vida fica esquecida, mesmo que por algumas horas.

A própria questão das fake-news, que não é uma questão atual, vai por esse caminho. Muito do que adotamos por verdades estão mais próximas de uma narrativa do que de fatos. A humanidade pensa viver no mundo real, quando na verdade vive dentro de uma bolha imaginária constituída por narrativas, por histórias mal contadas. Nesta sociedade, as pessoas, especialmente, e inusitadamente, do corpo intelectual desta sociedade, querem, preferem, imploram para serem enganadas, e se chocam quando se deparam diante da verdade.

A sociedade netuniana é um oceano de imagens, um oceano cheio de lixo simbólico, e parece estar se afogando nele.

 

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Corona Vírus e a Grande Conjunção em Capricórnio

Quem se afiniza com o assunto, sabe que temos uma superconjunção de astros em Capricórnio.

São três astros considerados “maléficos” – Plutão, Saturno, Marte – e apenas um “benéfico” – Júpiter perdido ali no meio da turma do mal; exatamente por estas horas (18/03/2020) a neutra Lua está passando pela conjunção.

Quem acompanha SABE que esta influência é poderosíssima, mas não deve estar sabendo com clareza que raio que tem a ver Capricórnio, o signo das estruturas materiais, com uma doença epidêmica pulmonar.

Ora, Mercúrio, o regente dos pulmões em Gêmeos e da Saúde como um todo em Virgem, não está tão mal posicionado, nem mal aspectado; pelo menos não o suficiente para significar sozinho este caos mundial.

A resposta para esta questão está surgindo nesses últimos dias com a paradeira econômica, que está só começando.

Tivemos nesses dias uma inédita – INÉDITA – sequência de circuit-breaks nas bolsas de valores do mundo todo. Falando de forma bem genérica, o valor das empresas está 30% menor – e caindo. Ordens governamentais para fechar comércios “não essenciais” está causando pânico em meio mundo de pequenos empresários. Petróleo ao mesmo valor de 2003. Governantes já lançando de ante-mão planos econômicos para re-estímulo da economia, que mal começou a parar. A preocupação está deixando todos tensos, porque para muitos, é o pão na mesa que está em jogo.

Meu entendimento é que o covid-19 é apenas um gatilho para algo maior, e que esta crise verdadeiramente mundial não é uma crise sobre saúde, nem sobre gripe.

A mim aparenta ser uma crise das superestruturas econômicas mundiais.

A aldeia humana estremece.

Abaixo, texto de autor anônimo recebido de um tio no Whatsapp, que encerra minha opinião melhor do que eu conseguiria:

“Este God’s break veio em tempo oportuno.

A humanidade está desenfreadamente enlouquecida.

O homem não tem tempo para refletir sobre si mesmo nem olhar para o outro, não tem tempo para amar sua família.

Essa oportunidade, é para colocarmos a própria vida em ordem. Rever conceitos, valores e re-significar a nossa própria existência… Este silêncio oportuno é CURATIVO.

As ruas estão ficando vazias. As estradas, os bares, os templos, as escolas, as universidades, os aeroportos estão parando…

E há certamente, para quem está atento, um silêncio no céu.

Algo profundamente espiritual está acontecendo e poucos conseguem perceber.

Este é um silêncio de reverência.

Deus está falando. O universo está falando. A dor fala.

É tempo de endireitarmos as nossas veredas.”

Atualização em 04/05/2020

Passados 40 dias da publicação desta postagem, algumas percepções se esclareceram, e valem aqui um comentário a nível de aprendizado mesmo, uma vez que passado o fato, fica fácil ver o quanto o óbvio era óbvio e não percebíamos.

Pois bem, hoje não é difícil entender que lidamos com dois vírus, um é o corona, e o outro é o vírus midiático. Recebemos informações o tempo todo, de todos os meios, e são informações confusas, incompletas, inventadas, achismos, opiniões e tudo mais. E tudo isso tem gerado medo e ansiedade nas pessoas. E medo e ansiedade geram sempre as piores decisões.

Pois bem, a 23 de março, Mercúrio já havia entrado em Peixes, cujas energias já estavam há alguns anos reforçadas pela presença de seu regente Netuno. Mercúrio representando o intelecto e a comunicação, e Peixes/Netuno, a fantasia, a ilusão e por vezes, o engano. Hoje vemos o quanto o povo, prefeituras, governos estaduais, ministérios (e instituições semelhantes no mundo todo) reagiram de formas precipitadas, muitas vezes autoritárias, muito pouco racionais ao pânico gerado por uma mídia sedenta por audiência, pautada por uma Organização Mundial da Saúde que mal soube administrar a situação toda.

Ora, primeiro demorou a reconhecer a pandemia, depois orientou todo mundo a se confinar em casa, depois reconheceu que países pobres não têm condições de confinar sua população miserável, agora por último diz que a Suécia, que não fez isolamento social é exemplo a ser seguido.

O resultado, uma recessão global que vai levar uns 10 anos para ser recuperada motivada pela incompetência da OMS aliada à credulidade e despreparo dos governantes do mundo inteiro por Mercúrio em Peixes.

😉

 

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A origem das Influências Astrológicas

Um dos grandes mistérios da Astrologia diz respeito a origem das energias que influenciam a personalidade humana e os eventos de sua vida, de acordo com a posição que alguns astros do sistema solar ocupam na esfera celeste, e também de onde vem a correlação entre os planetas e nossos arquétipos internos.

Por exemplo, por que uma pessoa com Sol / Mercúrio em Gêmeos costuma ser tão falante? Por que uma pessoa com Lua em Capricórnio se sente tão insegura?

Costuma-se dizer que as energias arquetípicas que moldam as personalidades humanas vêm dos astros celestes e das estrelas que compõe as 12 constelações do zodíaco.

Mas essa explicação não faz muito sentido, especialmente no caso das constelações.

Primeiramente porque atualmente as constelações reais, aquelas que estão no céu noturno quando você olha pra ele, estão 24º para trás em relação às efemérides dos mapas astrais atuais, as quais foram estabelecidas no período helênico e associadas desde então às estações do ano. As constelações do céu andam um grau pra trás a cada 72 anos. Porém, embora os astrólogos siderais discordem, aparentemente, os arquétipos da Astrologia Tropical continuam descrevendo muito bem os nativos.

Eu que o diga.

Em segundo lugar, atribuir os arquétipos às constelações não faz muito sentido porque as constelações são formadas por estrelas e aglomerações espalhadas pelo espaço sideral. A imagem abaixo descreve bem esta situação.

Estrutura tridimensional da Constelação
Estrutura tridimensional da Constelação

Para quem observa da Terra, uma constelação parece um joguinho estático de “ligue os pontos”, porém no espaço tridimensional, as estrelas estão espalhadas/distribuídas no sentido infinito e não possuem uma relação intrínseca entre si. Além de estarem hiper-distantes da Terra. A luz dessas estrelas / constelações que nos chegam hoje aos olhos saíram de lá há milhares e milhares de anos-luz.

Olhar para o céu noturno é olhar para o passado distante.

A verdade sobre as influências astrais

A verdade verdadeira sobre “as influências dos astros” na vida e personalidade humana é completamente desconhecida.

Os efeitos são plenamente verificáveis, qualquer astrólogo sabe disso. Mas as causas, admitamos, continuam desconhecidas.

Talvez os planetas do sistema solar, por sua enorme dimensão e relativa “proximidade” com o planeta Terra pudessem ter uma energia intrínseca que influenciasse a personalidade humana e alguns fatos de sua vida, e o ciclo lunar influenciando os ciclos fisiológicos femininos dá uma base para esta visão, mas… mesmo assim, como explicar o poder incontestável de um Plutão posicionado num mapa, para o bem ou para o mal, com seu diminuto tamanho (menor que a Lua) e sua improvável posição nos confins do Sistema Solar?

É certo que as energias arquetípicas existem e estão em algum lugar, e exercem inequívoca influência sobre a psique humana. Mas certamente subsistem em alguma dimensão insondável do universo, sendo planetas e constelações nada mais que pontos de referência para algo muito maior, complexo e indescritível.

 

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Humor Reflexões Astrológicas

Lua em Capricórnio – Da Melancolia ao Pragmatismo

Apesar do título, esse texto não é exatamente um texto astrológico.

É toda uma reflexão aleatória sobre SER alguém com Lua em Capricórnio.

A Lua muda de signo no céu a cada 2 dias e meio. Quando eu nasci, ela estava no signo de Capricórnio.

Diz o conhecimento astrológico, que esta é a pior posição de uma Lua, pois ela está oposta ao seu signo natural, Câncer, signo que eu, particularmente, ainda tenho interceptado – astrólogos entendem bem isso e, para os leigos, só adianto que não ajuda em nada.

Diz-se que se um planeta está no signo oposto ao que rege, que ele está exilado. No meu caso, portanto, estando no signo oposto ao que rege, posso dizer que “minha Lua” está em exílio.

A Lua, em nossa psique, representa nosso comportamento instintivo, emocional e reativo. Esta reação emocional ocorre diante de todos os fatos de nossa vida, sempre em busca de segurança e integridade, física e emocional.

Por representar nosso lado reativo, a Lua é considerada o ponto mais cármico em nosso mapa, ela traz consigo, junto aos outros três pontos por ela mesma gerados num mapa – Lilith, Nodo Norte e Sul, nossas memórias mais ancestrais.

Tendo-a exilada, portanto, um Lua em Capricórnio tende a ser uma pessoa profundamente insegura de si. Vive com aquela convicção íntima de que não encontrou seu lugar no mundo, e de que não precisava existir, e manifesta essa convicção mostrando-se excessivamente tímida, retraída, recolhida e emocionalmente inexpressiva.

Tirar fotos, e pior, publicar uma selfie é uma tortura psicológica.

É séria, mais por desconfiança, do que por falta de graça.

Na infância, ela é muito a própria lua.

Eu quando criança era quieto, passivo, concentrado em atividades manuais, não gostava de sair. Nas fotos, sempre sério, com um olhar ou distante, ou triste, ou apreensivo.

Morria de medo de gente, talvez beirasse o autismo; meu pai me chamava carinhosamente de bugre.

O Lua em Capricórnio quer se sentir poderoso e importante; no fundo quer se sentir validado, ou, mais especificamente, amado; o que ao mesmo tempo considera uma fraqueza vergonhosa.

Quer aquilo que condena; por isso nunca tem.

E, quando não consegue o amor que espera, mergulha numa melancolia birrenta e suicida.

E assim foi minha interminável adolescência.

Mas aí o tempo passa, ele vai amadurecendo e se agarrando a outros aspectos de seu mapa astral pra seguir respirando acima da superfície, pelas correntezas da vida.

Entretanto, a Lua em Capricórnio está sempre lá, se distanciando cada vez mais e congelando nesta incurável solidão íntima, construída sobre a mais e mais convicta sensação de fracasso e confusão.

Com o passar dos anos, o retraimento e a insegurança se amenizam. Ele vai percebendo, ao longo do tempo, que sempre consegue sair vivo de encontros sociais, nunca sem colecionar alguns micos a cada encontro… e até os micos vão perdendo importância na medida em que ele vai se dando conta de que modo geral as pessoas só se preocupam consigo mesmas o tempo todo e que… se alguém se dá o trabalho de reparar na vida do Lua em Capricórnio é porque pior que ele e nem merece consideração.

Daí que no lugar do retraimento, tomam espaço o extremo desconforto pessoal diante de todo sentimentalismo ou ilusão a que as pessoas se apegam.

Aliás, a partir de certo tempo, todo o jogo social para ele não passa da mais ingênua ilusão.

Antes se impacientava, agora sente dó de quem dá festas que tentam parecer contos-de-fadas, ele simplesmente não consegue “comemorar” seu aniversário (comemorar o quê?), ele não entende como as pessoas se emocionam com jogos de futebol ou seus artistas “preferidos”, até um simples “bom dia” é capaz de te irritar profundamente, dependendo o momento (pois diria o romântico: nenhum dia é bom sem você, meu amor).

Ele evita pessoas dramáticas como vampiros evitam a luz do sol. Dramas lhe esgotam sua escassa energia lunar. Ele faz um esforço tremendo, para ainda considerar um pouco, momentos como o Natal, porque normalmente se passa em família, essa gente cujos laços ancestrais ainda balizam esses trajetos tortuosos, mas não sem passar por alguns calafrios quando alguém pronuncia o substantivo composto: “amigo-secreto”.

Para além disso, com seus óculos psico-dimensionais, para onde quer que olhe, ele não vê mais adultos fazendo suas coisas, e sim, crianças grandes com seus brinquedos ou atividades, querendo atenção, valorização e amor.

Antes acreditava que a vida é uma ilusão e feliz de quem pode se iludir.

Agora, nem se iludir ele quer. Se sente desconfortável ao ver os outros felizes satisfazendo as próprias fraquezas e ilusões. Quanto tempo, energia gastos à toa. Fraquezas e ilusões que bem no fundo ele gostaria de estar satisfazendo.

O Lua em Capricórnio se irrita com a própria fraqueza refletida nos outros. Se irrita ao ver os outros satisfazendo – ou tentando satisfazer – desejos românticos que ele mesmo tem e gostaria de estar satisfazendo; mas sabe que são desejos ilusórios e esta é a angústia.

“Não era pra ser assim; Não faz sentido; Devo ter nascido no mundo errado” devaneia o Lua em Capricórnio.

Ele já nem sofre com suas perdas – e elas foram muitas, porque a ilusão é do tamanho da insegurança e toda ilusão está fadada a tornar-se desilusão – porque ele já enxerga longe e sabe que aquilo que ele queria iria dar um trabalho desgraçado pra manter, fora o trabalho desgraçado que deu pra ele tentar conquistar – e não conseguir.

Nada define melhor essa postura do que o meme: “Quem me dera, Deus me livre.”

Porque aprendeu que… Na Prática, a Teoria é Outra.

Nada – nem ninguém – vale efetivamente a pena, e tudo que almejamos não passa de muletas existenciais para nos ajudar a suportar o fardo de termos pouca estima pelo que somos.

Do ponto de vista da eternidade, nossas vidas não passam de um breve piscar de olhos do universo, então para quê tanta luta? Ai mas estamos aqui para evoluir, responderia o espiritualista.

Não sei. Evoluir para quê, exatamente? Se tornar um anjo?  Ninguém me perguntou se eu queria evoluir. Eu não quero evoluir. Quero só ficar aqui quietinho sem me machucar muito, até morrer em paz.

As decepções, frustrações e fracassos vão tornando o Lua em Capricórnio, na vida, um infeliz utilitarista.

Para ele só vale a pena se mobilizar para as coisas práticas que coloquem comida na sua mesa, roupa no seu corpo e um teto sobre sua cabeça. Ele vai “passear” no Shopping ou no Camelô e sai de lá convicto de que se dependesse dele e de suas necessidades de consumo, 80% daquelas lojas iriam a falência. Boa parte das lojas atualmente não vendem produtos, nem resoluções. Vendem ILUSÕES.

Na noite ele não vê homens e mulheres buscando prazer e diversão, e sim, machos e fêmeas em rituais de acasalamento buscando reprodução. Observa as pessoas – homens e mulheres – afoitos buscando e pulando de relacionamento em relacionamento – e nada mais vê que seres sucumbindo a prazeres efêmeros; corpos subornados pela natureza, pagos com prazeres efêmeros, buscando, no final das contas, a reprodução.

Se render aos dramas e angústias existenciais costuma ser fatal, portanto, se há algo de bom em ser um Lua em Capricórnio, talvez seja a capacidade que vai lhe surgindo ao longo da vida, de tratar de temas assim tão funestos com analítica isenção, sem comover-se e sem mergulhar no abismo da melancolia (porque já quase se afogou nela durante o início da vida).

Corações mais sensíveis já teriam sucumbido sem chegar a este parágrafo.

Não estou triste, nem deprimido.

Apenas relatando a fria realidade das coisas…

…de que tudo é ilusão e que nada vale a pena.

***

Disclaimer

1 – Com exceção das músicas da Lana Del Rey, todas as músicas deste vídeo, caracterizadamente melancólicas, foram a trilha sonora da minha adolescência, período do qual não tenho a menor saudade.

2 – Embora a visão acima pareça pessimista, amargurada e ressentida, nada mais é do que uma visão pragmática e desprovida de ilusões.

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Correspondências Astrológicas

Desde criança me interessava por assuntos astrológicos.

Essa classificação ancestral e aparentemente verificável das pessoas, entre 12 arquétipos, popularmente conhecidos como signos, me atraia como o viajante perdido que encontra um mapa, do nada, durante o trajeto.

Encontrar ordem em meio ao caos é sempre um alento.

Além das revistas que minha mãe comprava, e alguns almanaques (era a década de 80/90, gente) onde tive os primeiros contatos com textos astrológicos, lembro de quando ela, minha mãe, ganhou um presente que era uma plaquinha de madeira com as características de seu signo – Libra.

Depois, lembro de ter vindo parar na minha mão a trilogia d’O Mistério dos Signos da Disney. Incrível como estas influências ficam pra sempre em nós.

Com o tempo, em vez desse interesse se desfazer, só aumentou, em especial com a internet, e com algumas pessoas chave com quem convivo, que me mostraram que a astrologia é digna de estudo.

Hoje, talvez um pouco tarde já, conclui meu primeiro curso de astrologia, e comprei uma dezena de livros para me aprofundar no assunto.

Tenho lido esses livros e estudado muito o assunto de forma aprofundada, e como me é natural, surge uma necessidade de catalizar o que aprendi para fixá-lo. Essa catarse sempre me ocorreu através da escrita, e cá estou eu, utilizando este site para fixar alguns conhecimentos, e, ao mesmo tempo, compartilhá-los com quem se interessar, através desta ferramenta magnífica que é a rede mundial de computadores.

Neste que considero meu terceiro quinto texto sobre o assunto, quero abordar algumas visões particulares sobre a interpretação de mapas astrais. Os textos aqui publicados sob este tema não são para leigos, são para estudiosos de astrologia mesmo.

E estas minhas colocações abaixo são especulativas. Não tenho certeza sobre elas, porém têm me ajudado a compreender melhor os mapas que tenho analisado. Se você é estudioso e entende de forma diferente, continue reforçando e aprimorando seu próprio modo de interpretar Mapas Astrais.

Correspondências astrológicas

Casas vazias

Exemplo de Mapa Astral
Exemplo de Mapa Astral

Algo que sempre chama muita atenção nos mapas astrais são as casas astrológicas sem planetas. Dá uma tristeza ver aqueles espaços sem projeção. Costuma-se atribuir a essas casas à regência do signo que está em sua cúspide. É uma possibilidade de interpretação, mas acredito que é possível ser mais objetivo.

Todo astrólogo admite que os focos vibracionais num mapa são os planetas; que os signos onde estão os colorem, e as casas onde estão, situam tais vibrações em áreas práticas da vida. São eles, os planetas, que representam no mapa nossas distintas vibrações pessoais. E são os planetas que regem os assuntos dos signos e das casas. Então se você tem uma casa 3 vazia, por exemplo, a casa da comunicação pessoal entre outros temas, em vez de ficar debruçado tentando mesclar os significados dessa casa e os signos que estão sobre ela, foque em Mercúrio. É este planeta que rege os assuntos da casa 3, bem como da 6, de Gêmeos e de Virgem.

Tem o signo de Capricórnio ou a casa 10 vazios? Será que não alcançará nenhuma projeção profissional? Claro que não. Veja onde está Saturno. Saturno é muito temido na astrologia popular, mas ele é apenas o regente do térreo Capricórnio, e do aéreo Aquário (junto a Urano). Como regente de Capricórnio, Saturno nada mais é do que o representante do modo (signo) e da área prática (casa) da nossa atuação profissional – das áreas da vida nas quais enfrentamos desafios e nos aprimoramos constantemente até chegar ao topo da montanha.

Saturno é visto simploriamente como o planeta do limite, mas acho que essa é uma interpretação muito… limitada (rs). Qualquer planeta mal aspectado pode trazer sérios problemas, porém, se bem aspectado pode trazer grande fluência. Com Saturno não é diferente, ele é na verdade aquilo que levamos a sério, representa os assuntos em que assumimos responsabilidades, isto é, justamente a área profissional da nossa vida.

Você pode contestar: Ah, mas e a casa 6, e a casa 2? Ora, essas casas, através de seus regentes matizados pelo elemento Terra, complementam nossa atuação profissional, afinal, em seu trabalho você usa seu intelecto – Mercúrio – e também se relaciona com as coisas e pessoas – Vênus.

Planetas Regentes

A regência de signos e casas às vezes é equivocadamente passada como se houvesse um fio invisível ligando uma casa ou um signo ao seu planeta regente. Na verdade, não existe.

O que existe é uma projeção de assuntos. Em termos de Astrologia tradicional, Júpiter rege Sagitário e Peixes, e portanto, a casa 9 e 12. Mas não há um fio invisível ligando Júpiter a estes 4 pontos do mapa. O que existe é uma projeção dos assuntos de Júpiter combinados com o elemento Fogo, para Sagitário e sua respectiva casa; e uma projeção dos assuntos jupterianos combinados com o elemento Água, para Peixes e sua casa.

Neste sentido, até entende-se melhor, e aceita-se com mais facilidade as novas regências. Não há problema algum em ter Netuno como regente de Peixes, porque não temos que escolher qual planeta que realmente tem um fio invisível ligado com Peixes, e sim, que os assuntos Netunianos e os assuntos Piscianos “batem”, se correspondem, portanto, um Netuno forte no mapa (fazendo aspectos com planetas pessoais) estará claramente reforçando e direcionando suas vibrações piscianas, por mais que o signo de Peixes ou a casa 12 estejam sem planetas.

A má compreensão do fundamento das regências torna muito confuso interpretar uma casa 12 vazia com base em seu signo de cúspide, ou o signo de Peixes regendo qualquer outra casa vazia. O que se tem é uma salada de vibrações incompreensíveis e intraduzíveis, para o leigo.

Porém, ao se focar no planeta regente, tem-se muito mais clareza sobre o assunto tratado pelo planeta. Porque um resumo possível para a relação entre planeta, signo e casa, poderia afirmar que um planeta, seu signo regido, e sua casa regida, são o mesmíssimo princípio, porém atuando em níveis diferentes. O planeta é o o que, o signo é como, e a casa é onde. Sem o o que, o como e o onde não fazem muito sentido.

O Regente do Ascendente é o Regente do Mapa

Se os signos na cúspide de uma casa são menos importantes do que o planeta que a rege, então como ficam as casas angulares? Como interpretar um Asc em Câncer, por exemplo?

Ora, da mesma forma. Há na Astrologia um segmento da interpretação que se chama Regente do Mapa, que nada mais é do que o regente do Ascendente.

Uma pessoa que tenha Câncer como Ascendente, especialmente se tiver a Casa 1 vazia, deve primordialmente analisar onde está sua Lua – regente de Câncer – para compreender aprofundadamente seu regente.

O regente do signo Ascendente da pessoa acaba se tornando tão importante quanto os outros dois luminares, Sol e Lua. Se a pessoa tem Ascendente em Câncer ou Leão, cujos regentes são, respectivamente, Lua e Sol, então este luminar que rege o Ascendente torna-se ainda mais fundamental para ela.

Compensações e equivalências vibracionais

Há outra situação que se repete muito nos mapas. Eu chamaria de compensações ou equivalências vibracionais.

Há aspectos astrológicos diferentes que espelham comportamentos semelhantes nas pessoas. Por exemplo, uma tem sol em Leão e Mercúrio em Virgem. A outra tem sol em Virgem com Mercúrio em Leão. Evidentemente as sutilezas e outros detalhes do mapa podem diferenciar bastante estas duas pessoas, porém o resultado final, considerando alguma paridade entre esses dois mapas, é o mesmo: Uma expressão pessoal intensa matizada por certo detalhismo.

Outro exemplo de equivalência que leva a resultados semelhantes: Lua Quad Saturno, Lua Opos Saturno, Lua em Capricórnio, Saturno em Câncer. São configurações que demonstram uma tensão entre vibrações distintas, no caso, as lunares e saturnianas. Podem revelar (aqui dito de forma bem simplificada, para fins de entendimento) uma necessidade de se estruturar ou disciplinar as próprias emoções, quando Saturno estiver mais forte que a Lua, ou de se relaxar a rigidez emocional, caso a Lua esteja em melhor condições. O fato é que qualquer contato entre Lua e Saturno sugere a necessidade de se alcançar equilíbrio emocional.

Conclusão

Após aprofundar meus estudos em Astrologia, me vejo recorrentemente perdido e confuso em meio a infinidade de nuances possíveis sobre a infinidade de posições astrológicas possíveis.

Focar a análise do Mapa Astral nos Planetas torna a tarefa mais objetiva e simples, porque concentra os esforços justamente no que é importante. Uma casa vazia na verdade é irrelevante, porque todas as vibrações que dizem respeito a ela estão focalizadas em seu regente natural, e a posição dele no mapa.

 

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A importância da Solidão em nosso Autodesenvolvimento

Reproduzo abaixo trecho do livro Como fazer os Deuses trabalharem para você, de Caroline Casey.

É um livro sobre a relação entre o conhecimento astrológico e nosso aspecto psíquico, e, neste trecho, trata da solidão como uma circunstância necessária para nossa evolução espiritual.

“O sacrifício iniciático por definição é uma experiência solitária que nos leva à auto-reflexão. A solidão, atividade sacramental de Saturno é o portal para o reino mágico onde mora um poder maior que o nosso. Muitas vezes, quando estamos sozinhos, nos sentimos mais conectados com tudo. O tempo que passamos a sós permite que analisemos nossa vida, a fim de alinhar os deuses interiores com os exteriores do cosmos, para nos desembaraçarmos dos fantasmas das distrações tentadoras.

Sem reflexão, nós nos tornamos tão vulneráveis ao desequilíbrio como se fôssemos privados do sono. A resultante falta de clareza é o que inconscientemente nos predispõe a empregar outras pessoas para representar partes da nossa vida. Como Carl Jung disse, “A experiência mais elevada, mais decisiva é ficar a sós com nosso próprio self. Você tem de ficar sozinho para descobrir o que irá apoiá-lo quando você não puder mais se sustentar (em outras coisas ou pessoas). Somente essa experiência pode lhe dar uma base indestrutível”.

Melhor do que nos ajudar a rechaçar a solidão, Saturno nos estimula a abraçá-la. Vivemos numa cultura contrária à reflexão, em que muito do que passa por passatempo é meramente uma fuga do medo de ficar sozinho. Nós manufaturamos o “pandemônio”, que originalmente significava “fazer um monte de barulho”, a fim de afastar as partes aterradoras da nossa psique, os nossos demônios. Mas fugir não vai curar a nossa solidão. A solidão é a cura para a solidão; semelhante cura semelhante.

Saturno ensina que o sacrifício iniciático de passar pelo medo, precede o autocontrole. As tradições espirituais de muitas culturas requerem um tempo de árdua solidão como condição prévia para obter o autoconhecimento […]”

Sobre este último parágrafo, um exemplo bem evidente e conhecido é o período no qual Jesus passou vários dias no deserto, enfrentando seus demônios interiores.

 

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Astrologia – Estudo de Caso

Dias atrás uma bebê nasceu imediatamente após a morte de sua mãe, em acidente na Régis Bittencourt, rodovia de SP (link).

A notícia triste me chamou a atenção e, estudioso da astrologia, me ocorreu de fazer o mapa astral da menina para confirmar uma certeza intuitiva: A Lua da bebê, que representa no mapa a figura de sua mãe, estaria em aspecto bastante tenso e conflitante.

Encontrei a hora exata do acidente e, portanto, do nascimento, e não deu outra: Lá estava a Lua em conjunção plena com Plutão (os traumas num mapa) e em conjunção mais fraca com Marte (o pequeno maléfico), porém este alinhado com a cúspide da casa 4, a casa das finalizações.

O astrólogo Ivan Terrini ainda acrescentou na postagem original deste tema:

…tem um ASC em Escorpião que significa, quase sempre, um trauma no nascimento.

Está tudo na imagem que ilustra este post.

A interpretação padrão do programa que uso para obter os mapas astrais diz o seguinte, sobre conjunções entre Plutão e a Lua (no caso, destinado à bebezinha):

“Você foi profundamente marcado por experiências traumáticas na infância, durante as quais deixou de confiar na segurança da família. Seu vínculo com sua mãe é complexo na melhor das hipóteses e, na pior, inexistente. Por qualquer razão, ela não pôde criar você, talvez tenha sido levado para longe dela por algum tempo, talvez ela não tenha podido amamentá-lo, ou talvez, ainda ela tenha estado sob grande pressão psicológica e não tenha tido os recursos necessários para cuidar devidamente de você.”

Inexistente… 

Nas minhas análises (amadoras), eu vinha ignorando os planetas exteriores – Urano, Netuno e Plutão – por considerar suas descobertas recentes demais para termos um conhecimento consistente sobre a função deles num mapa.

Estava equivocado. Analisando posteriormente alguns mapas, entendi como Plutão é destrutivo, Urano devastador e Netuno enlouquecedor quando em aspectos com determinados outros planetas.

Espero que a menina encontre apoio e amparo na vida, para compensar este início tão triste e traumático, e para que as predições astrais sobre seu nascimento sejam as mais amenas possível.