No século passado, o estatístico francês Michael Gauquelin publicou os resultados de seus estudos estatísticos examinando alguns princípios básicos da astrologia.
O trabalho de Gauquelin estendeu-se por um período de 23 anos, entre 1949 e 1973. Numa série de estudos, ele testou estatisticamente como os planetas influenciavam tudo, desde traços de caráter até a hereditariedade, proezas atléticas e as carreiras seguidas por profissionais proeminentes em suas áreas. Principalmente, foram os estudos que lidaram com profissionais eminentes e atletas de elite que criaram tanta confusão na comunidade científica.
Inicialmente, num estudo envolvendo 508 nascimentos, Gauquelin demonstrou de forma impressionante uma correlação de Marte e Saturno com os médicos num nível de probabilidade na casa dos milhões para um intervalo. Simplesmente, nos mapas astrais de médicos proeminentes, Saturno ou Marte estavam em ascensão ou culminando nas chamadas “zonas positivas”, ou “áreas fortes” de Gauquelin com uma frequência significativamente maior do que a esperada pelo acaso.
Uma das zonas positivas de Gauquelin abrange o que os astrólogos chamam de signo ascendente ou ascendente no horizonte oriental do mapa natal. Outro abrange o que os astrônomos chamam de plano meridiano e os astrólogos chamam de meio do céu. Tradicionalmente, acredita-se que os planetas posicionados perto desses “ângulos” em um mapa astral expressam sua influência de forma mais poderosa na vida do indivíduo. Gauquelin teve sucesso semelhante correlacionando outras profissões com os planetas tradicionalmente identificados com elas. Por exemplo, Marte apareceu nas zonas positivas para atletas de elite, Saturno estava lá para os cientistas, a Lua para os escritores e Júpiter para atores e políticos. O nível de significância para algumas dessas correlações também estava na casa dos milhões para um nível de acaso. No entanto, este resultado aplicava-se apenas a profissionais eminentes e atletas de elite e não estava presente nos mapas astrais de atletas comuns ou de profissionais que não eram eminentes nas suas áreas, o que deu aos críticos alguns pontos de discussão controversos.
Fonte (vale a pena traduzir a página no Google Tradutor e ler o artigo inteiro)
A contribuição de Gauquelin para a Astrologia
Vejo pouquíssima citação das “áreas fortes” do mapa com base no estudo empírico de Gauquelin, especialmente no Brasil. Donna Cunningham cita-o bastante no excelente livro How to Read Your Astrological Chart. Cientistas podem até questionar o estudo, que pode ter lá seus problemas. Mas nós astrólogos já percebemos no dia a dia o quanto a astrologia é incrível com mapas correspondendo à vida dos nativos; e o trabalho de Gauquelin, resumido nos gráficos que encabeçam este artigo, nos serve em muito para auxiliar na leitura de mapas astrais, embora continue subestimado por astrólogos.
Muitos astrólogos sabem que planetas angulares, ou seja, aqueles que estão em conjunção com o Ascendente ou o Meio do Céu são “fortes” na personalidade do nativo, mas esse aspecto poderoso de um mapa pode passar despercebido – como “apenas mais um aspecto” – e o astrólogo continua se rodeando em posições menos relevantes, enquanto tudo está ali escancarado com o planeta angular.