A Astrologia não se enquadra no âmbito das ciências exatas, materialistas, positivistas, mas há ciências humanas, que não são exatas, e que são validadas através de estatísticas, tendências e probabilidades.
Existem fenômenos como a astrologia e outros fenômenos de ordem paranormal, que são anomalias aos modelos oficiais da ciência, e esta os despreza, e os varre pra debaixo do tapete, presumindo que sempre há uma explicação materialista para esses fenômenos, quando na verdade não há.
Quando a ciência, na figura de cientistas sérios, efetivamente se debruçar sobre o assunto, largar a má vontade e fizer estudos estatísticos sérios, semelhantes aos de Gauguelin, porém mais profundos e amplos, vai conseguir comprovar a funcionalidade da astrologia através de estatísticas que demonstrarão a inegável relação entre comportamento humano e a posição dos astros, coisa que os astrólogos percebem todos os dias.
A palavra-chave para entender a casa 8 é a palavra:
“OCULTO“.
Todos os assuntos atribuídos a esta casa possuem essa qualidade de estarem ocultos, escondidos, em segredo, são coisas que vivemos só pra nós, de forma discreta, experiências muito íntimas e particulares, e necessitam de esforço para serem conhecidas, e mesmo assim raramente vêm a conhecimento público: poder e seus bastidores, recursos (dinheiro) dos outros, pensões, investimentos, morte, ocultismo, crises/medos/perdas/renascimento, psicologia, sexualidade, enfim, todas áreas socialmente evitadas.
Mercúrio na casa 8 é o mercúrio dos pesquisadores, detetives, ocultistas e até mesmo financistas, as pessoas que precisam se aprofundar para encontrar informações que não são comumente expostas nas mídias.
No século passado, o estatístico francês Michael Gauquelin publicou os resultados de seus estudos estatísticos examinando alguns princípios básicos da astrologia.
O trabalho de Gauquelin estendeu-se por um período de 23 anos, entre 1949 e 1973. Numa série de estudos, ele testou estatisticamente como os planetas influenciavam tudo, desde traços de caráter até a hereditariedade, proezas atléticas e as carreiras seguidas por profissionais proeminentes em suas áreas. Principalmente, foram os estudos que lidaram com profissionais eminentes e atletas de elite que criaram tanta confusão na comunidade científica.
Inicialmente, num estudo envolvendo 508 nascimentos, Gauquelin demonstrou de forma impressionante uma correlação de Marte e Saturno com os médicos num nível de probabilidade na casa dos milhões para um intervalo. Simplesmente, nos mapas astrais de médicos proeminentes, Saturno ou Marte estavam em ascensão ou culminando nas chamadas “zonas positivas”, ou “áreas fortes” de Gauquelin com uma frequência significativamente maior do que a esperada pelo acaso.
Uma das zonas positivas de Gauquelin abrange o que os astrólogos chamam de signo ascendente ou ascendente no horizonte oriental do mapa natal. Outro abrange o que os astrônomos chamam de plano meridiano e os astrólogos chamam de meio do céu. Tradicionalmente, acredita-se que os planetas posicionados perto desses “ângulos” em um mapa astral expressam sua influência de forma mais poderosa na vida do indivíduo. Gauquelin teve sucesso semelhante correlacionando outras profissões com os planetas tradicionalmente identificados com elas. Por exemplo, Marte apareceu nas zonas positivas para atletas de elite, Saturno estava lá para os cientistas, a Lua para os escritores e Júpiter para atores e políticos. O nível de significância para algumas dessas correlações também estava na casa dos milhões para um nível de acaso. No entanto, este resultado aplicava-se apenas a profissionais eminentes e atletas de elite e não estava presente nos mapas astrais de atletas comuns ou de profissionais que não eram eminentes nas suas áreas, o que deu aos críticos alguns pontos de discussão controversos.
Fonte (vale a pena traduzir a página no Google Tradutor e ler o artigo inteiro)
A contribuição de Gauquelin para a Astrologia
Vejo pouquíssima citação das “áreas fortes” do mapa com base no estudo empírico de Gauquelin, especialmente no Brasil. Donna Cunningham cita-o bastante no excelente livro How to Read Your Astrological Chart. Cientistas podem até questionar o estudo, que pode ter lá seus problemas. Mas nós astrólogos já percebemos no dia a dia o quanto a astrologia é incrível com mapas correspondendo à vida dos nativos; e o trabalho de Gauquelin, resumido nos gráficos que encabeçam este artigo, nos serve em muito para auxiliar na leitura de mapas astrais, embora continue subestimado por astrólogos.
Muitos astrólogos sabem que planetas angulares, ou seja, aqueles que estão em conjunção com o Ascendente ou o Meio do Céu são “fortes” na personalidade do nativo, mas esse aspecto poderoso de um mapa pode passar despercebido – como “apenas mais um aspecto” – e o astrólogo continua se rodeando em posições menos relevantes, enquanto tudo está ali escancarado com o planeta angular.
A interpretação de alguns Mapas Astrais é mais simples que outros. Alguns mapas possuem uma concentração de forças em um ou dois signos, e fica fácil interpretar como um se relaciona com outro.
Um mapa como o meu já não é tão fácil, porque possui 4 forças distintas, ou seja, 4 signos fortes, e fica muito difícil relacioná-los.
A seguir, uma sugestão de método para encontrar o Propósito de Vida nestes mapas cujas forças estão mais distribuídas.
Sol
– Minha expressão é mais influente na área da casa __ onde está meu Sol.
Meio do Céu
– Minha reputação em ser o signo __ será em ser útil na área da casa __ (onde está o regente do MC).
Regente do Mapa (ou do Ascendente)
– Minha grande ferramenta seguindo a jornada é o Regente do Ascendente na área da casa __ onde está o respectivo regente.
Júpiter
– O significado da vida para mim está sendo o signo de Júpiter na área da casa __ onde Júpiter está.
Nodo Norte
– Eu estou aqui para dominar minha casa __ aprendendo a ser o signo __
Planeta Dominante
– Eu tenho que trabalhar com meu Planeta Dominante na área da casa __ e torná-lo Benéfico, e não um fardo.
Essa história de que depois dos 30 anos nós manifestamos mais o nosso Ascendente não condiz com o que lemos com Howard Sasportas ou Donna Cunningham.
Eles afirmam que o Ascendente, junto à Lua, revelam muito sobre nosso nascimento/infância e que nascemos para manifestar o nosso Sol.
Estes autores afirmam que “O Ascendente é o caminho para o Sol”.
Você nasce Ascendente, e vai se tornando seu Sol.
O Sol representa como e onde você veio brilhar na vida. É o centro da sua personalidade, em torno do qual giram as outras esferas do seu ser, representadas pelos planetas Mercúrio (intelecto), Lua (emoções), Vênus (sentimentos) e Marte (motivação). Personalidade esta que evidentemente ainda não está bem formada na infância e adolescência.
Obviamente há mapas de todos os tipos. Há mapas com ênfase no Sol, outros com ênfase na Lua, outros com ênfase no Ascendente e seu regente. Essas diferentes ênfases dão margem aos questionamentos recorrentes da astrologia: “Ain, sou Sagitariana e não gosto de viajar” e também aos mitos absurdos como este de que depois dos 30 anos nos tornamos o nosso Ascendente.
Alguns astrólogos não gostam de admitir, para não influenciar negativamente os consulentes – e acertam nessa postura. Mas é evidente que existem mapas astrais fluentes, e outros mapas “ruins”, com muitos posicionamentos tensos.
Às vezes olhamos para o nosso mapa astral, refletindo nossa vidinha mediana, e temos certeza que nascemos para viver um pesadelo.
Mas acredite, toda posição astrológica tem sua versão inferior e sua versão superior. Alguns astrólogos com inclinação mais fatalista, negam isso, enquanto outros chamam esta visão de “oitavas inferiores” e “oitavas superiores”.
Eu acredito muito nisso, até mesmo por esperança.
Um bom astrólogo vai ler o mapa, e responder as dúvidas apresentando as saídas mais elevadas e positivas dos posicionamentos do mapa astral.
Se você não quiser ou puder contratar um astrólogo, há uma saída:
Estude suas posições “problemáticas” em livros, pdfs, google, youtube, uma por uma, e se puder ANOTE num caderninho o que você encontrar de positivo em cada posição.
O trabalho de pessoas que nascem com posições tensas no mapa astral é se harmonizar. Buscar a espiritualidade, pela linha espiritual que melhor se identificar, é o melhor caminho.
Na prática, o caminho será focar a mente em boas vibrações, perdoar os pais, honrar ancestrais, se afastar de pessoas tóxicas, evitar filmes, músicas e assuntos negativos, praticar a gratidão, o otimismo, a humildade em aceitar o que não pode mudar, etc.
Praticar o Hooponopono ou algo do gênero pode ser um bom começo. O youtube está cheio de boas almas compartilhando práticas que ajudam a elevar nosso padrão comportamental, psíquico e espiritual.
Se uma das definições possíveis é o “Conjunto de traços psíquicos e emocionais que formam a totalidade de uma pessoa”, então faz mais sentido em dizer que o mapa astral inteiro compõe a personalidade, e não um ou dois signos ou planetas.
O Ascendente mostrando a imagem pessoal, a Lua suas reações emocionais, Mercúrio seu raciocínio e jeito de falar, Marte suas motivações, Vênus os seus gostos pessoais, Júpiter suas facilidades e Saturno suas limitações, e o Sol, por fim, o centro de identidade em torno dos quais estas características gravitam, este conjunto sim, mostra “a personalidade” do nativo.
Até certo ponto, a astrologia é um estudo oculto como a medicina, a psicologia, a parapsicologia e a hipnose, mas não é exatamente o teto estrelado da casa de Merlin, como alguns gostariam de acreditar. É mais transcendental e, ao mesmo tempo, mais natural do que qualquer forma de magia e feitiçaria.
Landis Knight Green
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A Astrologia merece o reconhecimento da psicologia sem restrições, porque a astrologia representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antiguidade.
C. G. Jung
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É o caminho para uma vida mais consciente, mais abrangente, em termos de uma percepção mais objetiva do caráter e do significado relativo dos fatores básicos, que estruturam a sua existência e a existência das pessoas que o cercam… é o caminho para a sabedoria.
[…]
Mostrar ao homem a significação de sua vida é o que de mais importante a astrologia pode fazer…
Dane Rudhyar
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Pense na possibilidade de você ser um agente disfarçado descendo de pára-quedas neste bonito planeta em sua época de necessidade. A astrologia é uma linguagem que catalisa a lembrança da sua missão. Cada um de nós tem alguma tarefa crucial para executar no Grande Plano, uma tarefa que não só nos transformará pessoalmente, mas também todo o clima da cultura. Ao atender ao convite da astrologia de participar conscientemente da evolução, cultivamos a infinita capacidade de sermos totalmente humanos. Nossas afinidades, aquelas coisas para as quais nos sentimos intensamente atraídos, nos levam ao nosso dom, e daí, ao nosso caminho de servir a uma comunidade maior. Então podemos dar ao mundo um dom que ninguém mais pode dar […] A linguagem astrológica incorpora uma visão de mundo na qual cada um de nós é respeitado e apreciado como um experimento evolucionário necessário, e é estimulado a florescer.
Nunca dei muita importância a Netuno, que lá está em conjunção com Marte na casa 09. Demorei pra entender que ali a conjunção já tem força nos assuntos da casa 10, a qual trata da nossa projeção no mundo, em especial, através dos assuntos profissionais.
O fato inicial aqui é: Eu nunca soube exatamente o que fazer da vida, nunca tive qualquer certeza a respeito de qual profissão escolher, sempre soube realizar diversas atividades, e sempre me interessei por vários assuntos, mas nunca me engajei em nenhum. E as coisas que gosto de fazer não rendem dinheiro suficiente para tocar a vida minimamente bem, o que me obrigou desde sempre a atuar em várias frentes para dar conta da vida. Isso se acentuou nos últimos anos e hoje, já a um passo dos 40, essa questão está me consumindo.
Mas somente recentemente (pois sou apenas estudioso), me dei conta do quanto a posição de Netuno espelha essa situação na minha vida, na medida em que está próximo do Meio do Céu, o ponto que define nossa projeção social e profissional. Netuno traz mesmo essa nebulosidade, essa neblina para os assuntos que rege. Traz confusão e insatisfação com as atividades mundanas, pois quer transcender, alcançar o ideal.
O próprio fato de Netuno ser, junto a Marte, o planeta de posição mais alta do meu mapa, reforça sua preponderância na minha vida de forma geral e não só nas minhas questões profissionais. Sempre idealista, romântico, insatisfeito com as condições reais, desmotivado para as atividades cotidianas e mundanas.
O fato final aqui é: Eu PRECISO me resolver com Netuno 🤦♂️
Então fui estudar Netuno.
E descobri, ou me dei conta, de coisas interessantes. Não vou fazer um tratado do Netuno astrológico neste post, mas destacar alguns pontos.
Netuno é co-regente de Peixes e co-regente natural da Casa 12. O regente antigo de Peixes/Casa 12 é Júpiter.
Netuno “sozinho” num mapa, assim como Urano ou Plutão, terá pouca influência na vida do consulente. Estes três são planetas geracionais, isto é, planetas muito lentos em que toda uma geração o tem no mesmo ponto. Portanto, se Netuno estiver sozinho no mapa, a regência de Peixes deve ser procurada nos posicionamentos e aspectos de Júpiter.
Mas quando um desses planetas é tocado por algum planeta pessoal, será um importante matizador, ou qualificativo, daquela área da vida, ganhando até preponderância sobre as regências antigas. É o meu caso em relação a Netuno, pois rege meu Ascendente/Casa 12 em Peixes; está em conjunção com o Meio do Céu e com Marte, este que rege minha casa 2, a casa das posses materiais; e rege também meu Sol/Urano e Mercúrio, pois marte é o regente tradicional de Escorpião.
Daí você já pode deduzir da tragédia que é o meu mapa, uma vez que, além dessa preponderância toda de Netuno, ainda tenho Plutão em conjunção com Vênus (e lilith) e Urano conjunção com Sol.
Eu sou aquela pessoa que pode afirmar em alto e bom som, sem vergonha alguma, que não é fácil ser eu.
Pois bem, Netuno…
Netuno representa num mapa astral impulsos imaginativos, sensitivos, tanto num âmbito espiritual, quanto artístico e criativo.
Num nível mais material, simboliza o mar, lagos, líquidos, químicos, gases, bebidas, drogas. Num nível mais comportamental, simboliza a fantasia, as ilusões (e desilusões), o idealismo, bares e a vida boêmia, os assuntos incorpóreos, intangíveis, diáfanos, etéreos, informes, imateriais, inconsistentes, voláteis, evanescentes, efêmeros. Num nível mais espiritual simboliza a transcendência, a iluminação, o misticismo, a compaixão, o humanismo, o amor universal, e com o próprio cristianismo enquanto religião que sugere o martírio, o sacrifício, a renúncia do ego.
No nível profissional, no âmbito espiritual, direciona o nativo a lidar com espiritualidade na forma de terapias e cura, especialmente de doenças psico-espirituais, através de mediunidade, canalização, energias corporais, aconselhamento, astrologia etc. No âmbito criativo, direciona o nativo a trabalhar com as artes em geral que usam da imaginação, de fantasias, temas ficcionais, irreais, quase sempre inexistentes no mundo concreto, impalpáveis; artes que projetam realidades fantasiosas, que comunicam sensações, que manipulam o estado psicológico/sentimental das pessoas, seja contando histórias através da literatura, seja atuando no teatro, cinema, fotografia, música. Pode usar essa habilidade artística em meios mais capitalistas, que idealizam as aparências das coisas, como a moda, e também publicidade e propaganda, pois da mesma forma, um anúncio publicitário influencia a psique e o sentimento das pessoas, para levá-las a adquirir o produto anunciado.
Vícios, escapismo, evasividade, dissimulação, ilusões, cenários turvos, confusão, nebulosidade, dúvidas, enganos e mentiras são as oitavas baixas dessa esfera humana regida por Netuno, que dilui e dissolve tudo com que entra em contato. Por simbolizar fantasias, sonhos e ilusões, representa o desejo escapista de se iludir, de se enganar, de se viver no mundo imaginário e teatral das histórias, filmes, novelas, ideais, ideologias, para fugir das responsabilidades; algo que muitas vezes é feito também através das drogas.
Sociedade Netuniana
Depois de muito estudar e refletir sobre isso tudo, percebi duas coisas:
A primeira, é que intuitivamente, sempre trilhei os caminhos de Netuno. Sempre lidei com artes gráficas, design, webdesign, internet; com esse mundo virtual (imaterial) das artes e mídias digitais.
Só que sempre achei isso pouco importante (idealismo), instável (pois é), mal remunerado e… aqui algo muito curioso, sempre achei que trabalhar com internet era pouco substancial, isto é, imaterial; muito antes de ter essa noção conscientizada de forma astrológica. Já devo ter criado algo entre 200 sites e vários outros trabalhos gráficos, daí eu pergunto: Onde está esse trabalho todo? Onde estão esses sites, folders e perspectivas 3D que já fiz? 99% desapareceu, não tem mais utilidade, foram atualizados por novas tecnologias; residem hoje enterrados num HD apenas como registro pessoal. Essa coisa de ficar criando produtos virtuais que daqui a pouco já estarão desatualizados, de valor muito fugaz, e não ajudam a constituir patrimônio sempre me incomodou… …mas Netuno é isso, não é exclusividade minha. Filmes, Novelas e séries também dão um trabalho hercúleo e custam muito para serem produzidos, para dentro de poucos meses serem esquecidos. As mídias, a internet, imagens, vídeos, sons, todo esse mundo virtual, imagético, imaterial, desse constante surgir e desaparecer como ondas do mar, são assuntos bastante netunianos.
Meu amplo interesse por astrologia, sem ter qualquer influência familiar, também é uma consequência da força de Netuno aliada a de Urano conjunto ao Sol no meu mapa astral.
Enfim, o assunto sobre minhas dúvidas existenciais-profissionais era esse. Mas vale a pena comentar um pouco mais sobre Netuno.
Um dia terá que ser admitido oficialmente que o que batizamos de realidade é uma ilusão até maior do que o mundo dos sonhos. Salvador Dali
Chamamos nossa sociedade contemporânea de sociedade da informação; informação que é por si mesma uma existência abstrata, e breve. Vai além. É a sociedade do entretenimento ilusório, lúdico, e não é de hoje: Fotografias, revistas, teatro, filmes, novelas, séries, games, aplicativos. Todas, manifestações virtuais, imateriais, fantasiosas, ficcionais, com características etéricas, evanescentes.
Tudo na sociedade hoje é fantasioso, ficcional, imagético e se dissolve em instantes. Não só o entretenimento. Somos também a sociedade das aparências. Até mesmo a busca por status, aquela roupa que mostra o que você não é, a maquiagem que mostra o que você não é, aquele carro que mostra o que você não é, aquela decoração no interior da casa feita mais para mostrar pros outros do que para você curtir, etc.
Sociedade da mentira. Sociedade de mentirinha.
Sociedade do faz-de-conta.
Perceba também como nossas confraternizações são baseadas sobre o consumo de substâncias químicas que alteram nossa percepção, tornando o mundo mais atraente do que é, porque não suportamos a falta de graça do entediante cotidiano. Bebidas alcoólicas de todo tipo, fumos de todo tipo, especialmente tabaco e cannabis, e outras drogas ainda mais pesadas, muitas alucinógenas em maior ou menor grau, nos permitem viver mundos paralelos, fantasiosos, onde tudo é bonito e divertido, onde a parte chata da vida fica esquecida, mesmo que por algumas horas.